segunda-feira, 9 de maio de 2016

Dia das mães

Algumas pessoas hoje dizem "Feliz dia das mães!" de coração enquanto outras dizem que o dia das mães é apenas uma data comercial. OK. Correto. É uma data comercial sim. Mas não é apenas isso. Outra desculpa que ouço muito é "Dia das mães é todo dia". Essa frase é linda, mas, para aqueles que anunciam essa verdade, tenho algumas perguntinhas:

1. Você agradece a sua mãe todos os dias por tudo o que ela já fez por você? OPS...
2. Você diz o quanto ela é importante para você ou que a ama todos os dias? OPS denovo...
3. Você presenteia sua mãe quantas vezes por ano? OPS outra vez.

A questão não é o presente e sim a presença. Não é o almoço e sim o abraço. Tem muitas coisas nesse mundo que são simples demais e fazem toda a diferença do mundo. Não se trata apenas do presente recebido, mas da tarde prazerosa, da compania, da boa conversa. Ser mãe é algo que deve ser lembrado sempre como coisa boa, não marcado pelos momentos mais complicados. Ser mãe é especial. Todos os dias são espetaculares... os primeiros sorrisos, as primeiras palavras, os primeiros passos... as primeiras notas escolares, os primeiros tombos e joelhos ralados... Ser mãe é lembrar de todas essas coisas com alegria, pois você teve a oportunidade de vivenciá-las. E quando não se tem a mãe por perto e nem é mãe ainda para ter suas próprias lembranças. Bom... é um pouco complicado, mas as lembranças preenchem boa parte do vazio.  Os bons e os maus momentos fazem parte de toda vida e recordar é trazer para a realidade do sentimento a realidade daquele momento. Não é simples, não é fácil, mãs não estou dizendo que seja impossível.

Vivemos em um mundo que gira tão rápido que não lembramos de mais nada. Precisamos do aviso nas redes sociais ou na memória do telefone para lembrar de aniversários e comemorações. A sociedade tem umas datas comemorativas puramente comerciais, mas ao invés de reclamarmos delas deveriamos agradecer pelo massacre da mídia e aproveitarmos o momento para sermos presentes. Mãe é mãe pra sempre, não importa se perto ou longe. 

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Amizade: fonte esgotável de amor

Me falaram uma coisa que tem todo o sentido do mundo esses dias. 

Se você é muito amigo de uma pessoa, e acontece algo, como uma agulha cair num palheiro, essa grande amizade tende a se tornar a agulha caída, o que torna muito difícil de achar e quase impossível de apanhar. Estava agora mesmo pensando em todas as pessoas que eu um dia achei que eram minhas melhores amigas e amigos e em como o amor que eu sentia se transformou em nojo, desprezo e odio. Cheguei a essa conclusão ao lembrar que tenho amigos até hoje, mas nenhum deles, dos que eu mantive, eu dediquei toda a minha vida. Nenhum deles eu conto tudo, com nenhum deles passo fins de semana inteiros e durmo na casa deles o tempo todo ou vivo com eles para cima e para baixo. deixar uma relação respirar é tudo que o outro precisa. 

Acaba que as vezes sufocamos o outro. Isso pode até ser legal no momento, você não liga pra isso. Mas querendo ou não, isso esgota as relações. Porque namoros e casamentos passam por crises? Porque o tempo junto é esgotado. Daí você precisa reinventar a vivência e transformar o velho em novo. Sempre. E é para isso que existem as brigas e as crises. O tempo é realmente o melhor professor, o melhor ator e melho diretor de nossas vidas. É a cada momento vivido ao lado de uma pessoa que acrescentamos em nossa vida um tijolinho da personalidade. 

Não me arrependo das amizades antigas. Me arrependo de ter esgotado o sentimento. Entre amigos tem que existir ciúmes, porque a vida não é feita de uma só tribo. Os amigos precisam de outros amigos também. outros ares. Hoje vivendo essa fase, entendo o quão saudável é ter vários amigos e eles se conhecerem, mas não necessariamente serem amigos entre si também. Prezo as amizades que se mantiveram ao meu lado. Aquele que muito se doa, um dia esgota sua capacidade. Mas aquele que doa um pouquinho pra cada um, mantém os falsos perto, e os verdadeiros, mais pertos e por mais tempo ainda. 

Ainda acho que vale a pena acreditar no ser humano. Mesmo com toda a decepção. Pessoas podem mudar de ideia, de personalidade, mas jamais devem esquecer o que os outros já fizeram por ela. Isso se chama gratidão.